Delator do PCC desconfiou estar sendo seguido durante viagem a Alagoas, diz namorada
12/11/2024
Namorada prestou depoimento na madrugada do sábado (9).
Segundo ela, Antônio Vinicius Gritzbach teria falado sobre o homem na quarta (6), enquanto os dois jantavam.
O casal, que se conheceu pelo Instagram, namorou cerca de um ano e meio.
Antônio Vinicius Lopes Gritzbach foi morto na sexta-feira (8) no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos.
Montagem/g1/Reprodução/Redes Sociais
A namorada de Antônio Vinicius Gritzbach - que foi executado no Aeroporto Internacional de São Paulo - em Guarulhos, na sexta-feira (8), disse em depoimento obtido pela TV Globo que, quando o casal estava em São Miguel dos Milagres, em Alagoas, Gritzbach contou que viu um homem parecido com um indivÃduo que o ameaçava.
Gritzbach era delator da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC).
Ele foi morto após desembarcar no Terminal 2.
PolÃcia suspeita que PCC monitorou voo de delator executado em SP e vai analisar lista de passageiros
A namorada, de 29 anos, prestou depoimento na madrugada de sábado (9) e afirmou que o casal jantava na noite de quarta (6), quando Gritzbach comentou sobre o homem, mas não deu certeza sobre o comentário, já que a pessoa a que ele se referia fumava muito, e a figura vista em São Miguel não estava com cigarros.
Ainda no depoimento, ela disse que os dois se conheceram pelo Instagram e em pouco tempo começaram a namorar.
Durante o relacionamento, ela afirmou que o namorado recebia ameaças de morte por "mensagem eletrônica".
Investigação
Delator do PCC pode ter sido monitorado em voo que veio de Maceió
A investigação que apura os motivos da execução vai incluir uma análise minuciosa da lista de passageiros do voo que o trouxe de Maceió para São Paulo.
Em troca de informações entre PolÃcia Federal (PF), PolÃcia Civil e promotores criminais, foi levantada a possibilidade de investigar a existência de um "olheiro" do PCC no voo, segundo investigadores.
Há uma suspeita consistente, com base em informações de inteligência, de que a facção criminosa vinha monitorando os passos de Gritzbach na capital alagoana e no trajeto de volta.
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Os investigadores não descartam a possibilidade de um integrante do PCC estar no avião no retorno do delator, executando a função de apoio e observando sua movimentação.
Assim, ele conseguiria certificar que Gritzbach chegou em Guarulhos e conseguiria saber, especialmente, o momento exato em que ele saiu do Terminal 2, onde foi executado com 10 tiros.
Uma equipe do setor de inteligência está cooperando com as investigações e refazendo os trajetos, locais visitados e pessoas que Gritzbach encontrou no estado.
Segundo fontes da polÃcia, ele tinha ido à capital alagoana cobrar uma dÃvida.
Gritzbach levava uma bagagem contendo mais de R$ 1 milhão em joias e objetos de valor no momento do crime
Reprodução
Segundo depoimento dos PMs que faziam a segurança dele, um dos carros que iriam buscá-lo no aeroporto teve um problema na ignição e o outro teve de fazer meia volta para deixar um dos ocupantes em um posto de combustÃvel.
Investigadores desconfiam dessa versão (leia mais).