Inquérito policial conclui que militares não devem ser indiciados pela morte de garçom durante abordagem em Aracaju
03/12/2024
O documento foi encaminhado à Justiça.
No entanto, a Polícia Civil ainda aguarda o resultado de laudos periciais solicitados ao Instituto de Criminalística.
Inquérito policial conclui que militares não devem ser indiciados por morte de garçom
O inquérito da Polícia Civil concluiu que não há justificativa para indicar os policiais militares que atuaram na abordagem que resultou na morte do garçom Ithalo Santos Nascimento, de 25 anos, em um posto de gasolina em Aracaju no dia 28 de outubro.
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Com base análise das imagens do circuito do posto de gasolina e dos depoimentos foi concluído que Ithalo desobedeceu a ordem policial.
Na ocasião, ele continuou andando, e colocou as mãos na cintura como se fosse sacar algo, o que levou os policiais a atuarem para se defender.
O inquérito citou ainda que um dos PMs agiu efetuando um único disparo na direção das pernas do garçom.
O intuito foi salvaguardar a vida e integridade física de todos os policiais envolvidos na ocorrência.
O documento foi encaminhado à Justiça.
No entanto, a Polícia Civil ainda aguarda o resultado de laudos periciais solicitados ao Instituto de Criminalística.
A família também espera o resultado dos laudos e avalia a possibilidade de acionar a Justiça contra o estado, por não ter recebido apoio psicológico.
Em nota, o governo do estado informou que não havia sido acionado para essa demanda da família.
Mas que, imediatamente, ao saber do interesse, se colocou à disposição para intermediar o acesso ao atendimento psiquiátrico adequado pela rede estadual de saúde, mediante avaliação.
A morte
Jovem é morto por policiais militares após sair de loja de conveniência na Zona Sul de Aracaju
arquivo pessoal
Segundo a família, o jovem saiu de casa, no Bairro Marcos Freire III, em Nossa Senhora do Socorro, Grande Aracaju, por volta das 19h do dia 28 de outubro, e algumas horas depois ligou para a esposa, avisando que a motocicleta deles estaria no Bairro São José, próximo ao bar em que trabalhava como garçom e saiu caminhando.
Ele sofria de ansiedade e depressão.
Na Coroa do Meio, Ithalo teria feito duas compras na loja de conveniência, quando saiu, foi abordado, e na sequência, baleado pelo policial.