Mesmo sem querermos fazer mal, nossas ações impensadas machucam as pessoas que mais amamos.
Mesmo sem querermos fazer mal, nossas ações impensadas machucam as pessoas que mais amamos
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Nós, seres humanos, somos notoriamente incapazes de reconhecer as nossas falhas.
Podemos reclamar da arrogância, da ignorância ou da estupidez de outras pessoas, sem nunca analisar os enormes defeitos que eles próprios podem encontrar no nosso caráter.
Este ponto cego fica evidente em todas as nossas amizades.
Mesmo sem querermos fazer mal, nossas ações impensadas machucam as pessoas que mais amamos.
Estou falando sobre a indelicadeza casual, não a grosseria deliberada.
Mas podemos tentar mostrar reações um pouco mais confiáveis.
Podemos, por exemplo, aprender a gerenciar melhor o nosso mau humor, para não atacar nossos amigos, se eles nos abordarem no momento errado – em vez de deixá-los à mercê do nosso estado emocional.
2.
Evite a ilusão da transparência
Todos nós estamos presos nas nossas próprias mentes.
Ou seja, muitas vezes, seria muito melhor expressar estes sentimentos em palavras.
É possÃvel que a nossa linguagem corporal transmita o nosso afeto e reconhecimento para os demais, mas não podemos contar com isso
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3.
E as pesquisas cientÃficas refletem este desconhecimento.
Shelly Gable, da Universidade da Califórnia em Santa Bárbara, e Harry Reis, da Universidade de Rochester em Nova York, ambas nos Estados Unidos, pesquisaram a literatura sobre psicologia em 2010.
Diversos estudos revelaram que nossas conversas sobre boas notÃcias podem ser tão importantes quanto a compaixão, para o desenvolvimento e a manutenção de relacionamentos saudáveis.
Um amigo atencioso deve reagir de forma ativa e construtiva – pedir mais informações, discutir as consequências e expressar seu próprio orgulho ou alegria.
Mas muitas pessoas reagem de forma extremamente passiva, mudando rapidamente de assunto, por exemplo.
E outras são ativamente destrutivas, com seus comentários tentando minimizar o significado do evento.
Com as distrações da vida diária, podemos nos esquecer de dedicar a estes momentos a atenção que eles merecem.
Seja o primeiro a pedir desculpas
Todos nós cometemos erros, mas poucos se apresentam voluntariamente para pedir desculpas.
Isso faz com que o ressentimento nos nossos laços sociais se agrave por muito tempo depois que a ofensa foi cometida.
Pesquisas psicológicas indicam que existem quatro obstáculos principais para pedir desculpas de forma eficiente:
nós não reconhecemos o dano que causamos;
consideramos que pedir desculpas irá causar muita dor e vergonha;
acreditamos que as desculpas terão pouco efeito para reparar o relacionamento;
simplesmente não entendemos o que constitui um bom pedido de desculpas
Por isso, deixamos de dizer as palavras necessárias para curar a ferida.
O primeiro ponto depende claramente dos detalhes do desentendimento.
Mas as duas preocupações seguintes são, em grande parte, infundadas, como tantos outros conceitos sobre os nossos relacionamentos.
Por isso, eles representam barreiras desnecessárias para a conexão social.
Geralmente, as pessoas ficam aliviadas ao corrigir seus erros.
E podemos ser mais capazes de reconstruir as pontes quebradas do que pensamos, desde que o nosso pedido de desculpas seja oferecido da forma correta.
Para garantir que o seu pedido de desculpas será bem sucedido, você precisa oferecer à outra pessoa todo o tempo necessário para que ela expresse sua mágoa sobre o ocorrido.
Em seguida, você deve reconhecer sua responsabilidade pela ofensa, expressar (real) arrependimento ou tristeza, oferecer-se para reparar os danos e explicar o que você irá fazer para não cometer erros similares no futuro.
Todo relacionamento tem seus altos e baixos.