Mirante da Pedra da Paixão de Cristo é inaugurado em Mucajaí, no Sul de Roraima
15/11/2024
Monumento tem 130 degraus e é um dos principais pontos turísticos de Mucajaí.
A cidade sedia o maior espetáculo a céu aberto da Amazônia, a Paixão de Cristo.
Mirante de Mucajaí recebeu o nome de "Primeira-Dama Raimunda Pereira Almeida" e foi erguido na "Pedra de Mucajaí"
Rodrigo Neres/Prefeitura de Mucajaí/Divulgação
O mirante da pedra da Paixão de Cristo foi inaugurado na noite dessa quinta-feira (14) em Mucajaí, cidade no Sul de Roraima, distante 50 km de Boa Vista.
A estrutura foi erguida sobre a Pedra do Pimba, conhecida como “Pedra da Paixão”, e conta com 130 degraus em um percurso de 230 metros.
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A construção, de responsabilidade da prefeitura de Mucajaí, integra parte da política de fomento ao turismo na cidade.
Mucajaí é palco do espetáculo a céu aberto "Encenação da Paixão de Cristo", que há 40 anos envolve os moradores da região no teatro religioso sobre os últimos momentos de Jesus Cristo.
A "Pedra da Paixão" ficou conhecida por ser cenário da crucificação de Jesus na peça.
A visitação ao público está liberada a partir desta quinta-feira (15).
Paixão de Cristo: como momentos finais da vida de Jesus mobilizam moradores há quatro décadas em cidade no interior de Roraima
Além dos 130 degraus em concreto com iluminação de LED, o mirante tem duas plataformas de observação da floresta que rodeia Mucajaí.
No ponto mais alto, a cerca de 110 metros de altura, é possível observar a Serra Grande, no município do Cantá.
Diariamente, dezenas de moradores e turistas visitam o local.
Para a prefeita Eronildes Gonçalves (Solidariedade), que é conhecida como "Nega", a inauguração é um marco para o turismo na região e consolida Mucajaí como um dos principais destinos do interior de Roraima.
"Mucajaí tem um turismo em ascensão, com grande destaque para o ecoturismo a poucos quilômetros de Boa Vista, como as cachoeiras do Esmeralda e a Cachoeira do Evandro, além das trilhas e serras encantadoras para os amantes da natureza.
O mirante soma-se aos nossos esforços em fazer da cidade um dos mais importantes destinos em Roraima e brinda o final da nossa gestão”, afirmou Eronildes, que neste ano encerra o segundo mandato à frente da prefeitura.
Mirante de Mucajaí tem 130 degraus em um percurso de 230 metros
Prefeitura de Mucajaí/Divulgação
A obra custou R$ 1.950.000 e teve financiamento do Governo Federal e do Ministério do Turismo, com emendas dos então deputados Jhonatan de Jesus e Édio Lopes, que é marido de Nega.
O local recebeu o nome de "Mirante Primeira-Dama Raimunda Pereira Almeida."
Raimunda Pereira Almeida era esposa do ex-prefeito de Mucajaí, Roldão Almeida, que governo o município entre 1985 e 1988.
Ela morreu aos 75 anos em 15 de setembro de 2024, "deixando um legado de solidariedade e força, além de seu esposo, três filhos, seis netos e dois bisnetos." A homenageada também trabalhou como técnica em enfermagem na região.
Moradores na encenação na Paixão de Cristo em Mucajaí, no Sul de Roraima
Ascom/Divulgação
A Paixão de Cristo de Mucajaí
A tradicional festa religiosa do município de Mucajaí mantém viva uma tradição que há quatro décadas envolve moradores e atrai visitantes de todas as regiões.
A "Encenação da Paixão de Cristo" foi criada em 1982 e em todos esses anos só não foi realizada em 2020 e 2021, os primeiros anos da pandemia.
A festa ultrapassou a barreira do tempo transformando-se em um dos maiores eventos culturais e religiosos do estado.
Idealizada pelo professor Venceslau Catossi, a encenação foi organizada pela primeira vez em colaboração com colegas professores e apoiada por uma visão comunitária que buscava criar um evento especial para a Semana Santa.
Desde então, a apresentação cresceu em importância e alcance, sendo reconhecida oficialmente, em 2015, como Patrimônio Cultural Imaterial de Roraima.
Durante a Semana Santa, milhares de visitantes lotam a cidade para assistir ao espetáculo, movimentando hotéis, restaurantes e o comércio em geral.
A prefeitura e organizações locais têm investido cada vez mais na infraestrutura para acomodar o crescente número de turistas, que, além de celebrarem a fé, contribuem para a criação de empregos e geração de renda.
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