Polícia diz que identificou suspeitos de disparos que atingiram carro onde menina foi ferida Maré
19/09/2024
Pai da menina entrou por engano na Baixa do Sapateiro.
Ela teve alta da CTI nesta quinta.
Do hospital, jovem baleada na Maré agradece carinho: ‘Eu vou sair dessa’
A Polícia Civil informou na tarde desta quinta-feira (19) que identificou os autores dos disparos que atingiram um carro onde uma adolescente de 14 anos foi ferida no dia anterior na Maré, na comunidade Baixa do Sapateiro.
A corporação não deu mais detalhes sobre quem foram os atiradores, mas disse que identificou dois suspeitos.
"Tão logo tomaram conhecimento do fato, equipes da 21ª DP (Bonsucesso) e da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) iniciaram diligências que permitiram a rápida identificação dos envolvidos", disse a Polícia Civil.
Valentina Betti Simioni, de 14 anos, e seu pai, Michel Simioni, são de Belo Horizonte, Minas Gerais, e vieram ao Rio para ir ao Consulado Americano, no Centro do Rio, emitir o visto.
Na volta, o pai, dirigindo uma Mercedes, errou o acesso da Avenida Brasil para a Linha Amarela e, seguindo as orientações do GPS, pegou a 1ª à direita disponível — as avenidas Paris e Guilherme Maxwell, entradas para o Morro do Timbau.
O motorista narrou que, na esquina com a Rua da Gratidão, foram abordados por homens de fuzil em um HRV azul ordenando que parassem.
O pai, no entanto, acelerou, e os bandidos atiraram.
“Eles deram alguns tiros, uns 6 ou 8 tiros, e eu olhei para ela e falei: ‘Pegou em você?’.
Ela disse: ‘Não, papai, não pegou’.
E aí eu continuei acelerando.
Já estava a uns 400, 500 metros da saída da favela para a avenida.
Quando eu consegui sair, ela encostou e falou: ‘Papai, tomei um tiro, sim’.
Aí, eu fiquei desesperado, comecei a acelerar", disse Michel Simioni na porta do Hospital Getúlio Vargas, na Penha, na manhã desta quinta-feira (19).
Segundo o pai, a adolescente deixou o CTI nesta manhã e já conversa e mexe no celular.
Valentina foi atingida por um disparo na região lombar e levada para o Hospital Getúlio Vargas, na Penha.
"A gente veio, o dia estava feliz.
A gente saiu de lá por volta de 9h da manhã, íamos para a praia.
Eu acho, eu não sei o motivo, mas o GPS já recalcula a rota te enviando pra dentro daquela comunidade.
E aí, às vezes você já está distraído e, quando vê, já está lá dentro", disse Michel.
Do hospital, Valentina gravou um vídeo agradecendo pelo apoio que tem recebido.
“Oi, gente.
Quero agradecer a todos que estão orando por mim e torcendo.