Ministro defende mudança na ONU e critica conselho de segurança durante G20 Social: 'Financiam as guerras'
14/11/2024
Márcio Macedo participou da mesa de abertura do G20 Social, no Museu do Amanhã, no Rio.
Ministro defende mudança na ONU e critica conselho de segurança durante G20 Social: 'Financiam as guerras'
O ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República do Brasil, Márcio Macedo, criticou a Organização das Nações Unidas (ONU) e seu Conselho de Segurança, na tarde desta quinta-feira (14), durante a mesa de abertura do G20 Social, no Museu do Amanhã, no Centro do Rio de Janeiro.
Em seu discurso, o ministro celebrou a iniciativa do presidente Lula em promover o evento paralelo à Cúpula do G20 – a reunião de líderes das 19 principais economias do planeta, mais a União Europeia e a União Africana.
Macedo disse que o modelo de governança global adotado pela ONU está ultrapassado e criticou o Conselho de Segurança da entidade, que seria formado por países que financiam as guerras no mundo.
"Nós precisamos estar dentro desse debate, com a força que temos, que o Brasil tem e o Sul Global tem.
Chegar e dizer que está na hora de fazer uma mudança, porque os países que estão no conselho de segurança da ONU, que falam da paz, são os que financiam as guerras.
Só um presidente com a liderança do presidente Lula, com a história que ele tem e com a força do nosso país, é capaz de colocar esse debate na mesa", disse o ministro.
Márcio Macedo, ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República do Brasil
Reprodução
"Nós precisamos fazer um debate sobre a governança global.
Esse modelo que a ONU lidera é um resultado da correlação de forças que saiu da Segunda Guerra Mundial, e o mundo hoje é outro.
Hoje nós não temos mais países em desenvolvimento aqui.
Nós temos o sul global, como o presidente diz", destacou.
Antes, Márcio Macedo elogiou o G20 Social como um instrumento que coloca o povo como protagonista, visto que as reuniões realizadas pelo evento contam com a participação da sociedade civil.
Ao fim do encontro, cada grupo de trabalho levará propostas para os chefes de Estado presentes na Cúpula do G20.
"Só o presidente Lula poderia decidir fazer um debate sobre o combate à fome, à pobreza e à desigualdade, que é uma chaga que precisa ser resolvida no mundo.
Sim, nós precisamos discutir esse fenômeno das mudanças climáticas, porque ele interfere na vida do cidadão.
E propor alternativas.
Nós precisamos fazer uma discussão da transição energética e da transição energética justa", falou.
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O que é G20 Social
Abertura do G20 Social, no Museu do Amanhã
Beth Santos/ Prefeitura do Rio
O G20 Social é um evento paralelo à Cúpula do G20 – a reunião de líderes das 19 principais economias do planeta, mais a União Europeia e a União Africana.
A proposta do encontro é manter o foco em debates voltados para questões como o combate à fome e à pobreza, além de debater sobre economia criativa nas favelas, uso de inteligência artificial em benefício dos Direitos Humanos, entre outros assuntos.
Entre quinta e sábado (16), o evento vai reunir representantes da sociedade civil e lideranças de entidades governamentais do Brasil e de outros países.
São rodas de conversas, palestras, debates e painéis sobre desafios sociais globais, como desigualdade, pobreza, saúde, educação, desenvolvimento sustentável e direitos humanos.