Polícia encontra trailer em Brasília com explosivos e telefone celular
14/11/2024
Artefatos foram detonados em um carro no estacionamento do Anexo IV da Câmara dos Deputados e em frente ao STF, na noite de quarta-feira (13).
Homem morto na Praça dos Três Poderes era o dono de veículo com explosivos.
Trailer foi encontrado na região da Praça dos Três Poderes.
Reprodução
Um trailer foi rebocado da região da praça dos Três poderes após explosões quer terminaram com com um homem morto na noite desta quarta-feira (13) em Brasília.
O trailer estava vedado e foram utilizados explosivos para que se tivesse acesso ao seu interior.
Segundo apurou o blog, o veículo continha artefatos similares aos usados nos atentados.
Dentro do trailer, foi encontrado um telefone celular que será periciado pelos agentes.
O ataque foi efetuado por Francisco Wanderley, 59 anos.
Ele morreu em uma explosão em frente ao prédio do Supremo Tribunal Federal (STF).
De acordo com o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Passos Rodrigues, o veículo foi alugado "há alguns meses" estava próximo a um carro que também explodiu e de uma caixa enterrada, que ainda será analisada.
Explosões perto do STF: o que se sabe e o que falta esclarecer
"Nós apreendemos material explosivo na residência dele e agora, a instantes, apreendemos um telefone celular que talvez seja um caminho importante para avançar nessa investigação.
E também vários artefatos na residência e no trailer", disse.
Trailer encontrado pela polícia com artefatos explosivos e um celular.
Reprodução
A residência citada pela PF é um casa alugada por Francisco em Ceilândia, no Distrito Federal.
região fica a 30 km da Praça dos Três Poderes.
A polícia fez buscas no local na madrugada desta quinta-feira (14) e encontrou bombas caseiras no local.
Um dos artefatos, inclusive, foi detonado assim que o robô da corporação abriu uma gaveta.
"Estamos falando de armadilhas para matar policiais que estavam fazendo a investigação", continua Andrei.
Casa alugada por homem que detonou explosivos em frente ao STF
TV Globo/Reprodução
A Polícia Militar do Distrito Federal fez uma varredura, na manhã desta quinta-feira (14), em frente ao STF.
Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) desativou artefatos explosivos encontrados ao redor da praça.
Os militares encontraram:
um relógio com contagem regressiva no corpo de Francisco Wanderley;
dois artefatos explosivos no cinto do homem;
um artefato explosivo próximo ao corpo;
um extintor de incêndio adaptado para explosão próximo ao corpo.
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Explosão em frente ao STF
Um vídeo de uma câmera de segurança mostra o momento em que Francisco Wanderley se aproxima do STF com artefatos explosivos na noite desta quarta-feira (13).
Ele morreu após uma série de explosões na Praça dos Três Poderes.
As imagens foram obtidas com exclusividade pela TV Globo.
As imagens mostram o homem se aproximando da estátua da Justiça e jogando algo no monumento.
Imediatamente, um segurança da Polícia Judiciária se aproxima e faz uma abordagem.
Francisco, então, recua e lança artefatos explosivos em direção ao STF.
Explosões em Brasília: vídeo mostra ação do homem em frente ao STF
A Polícia Federal (PF) instaurou inquérito para apurar as duas explosões.
O caso é investigado como ato terrorista, segundo informou o diretor-geral da corporação, Andrei Rodrigues.
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Dono de carro que explodiu na frente do STF foi candidato a vereador pelo PL, diz polícia de SC
O que se sabe sobre o caso:
Por volta das 19h30 desta quarta, um carro explodiu no estacionamento que fica entre o STF e o Anexo IV da Câmara dos Deputados.
No porta-malas, havia fogos de artifício e tijolos.
O veículo tem placa de Rio do Sul, no Vale do Itajaí, em Santa Catarina.
O dono é Francisco Wanderley Luiz, que foi candidato a vereador pelo PL nas eleições municipais de 2020 e não se elegeu (ele teve 98 votos naquela disputa).
Segundo a Polícia Civil, ele alugou uma casa em Ceilândia, no Distrito Federal, dias atrás.
Cerca de 20 segundos após o episódio no estacionamento, um homem morreu em uma outra explosão, ocorrida na Praça dos Três Poderes (que fica entre o STF, o Congresso Nacional e o Palácio do Planalto).
Até a última atualização desta reportagem, o corpo não havia sido retirado do local.
Segundo o Boletim de Ocorrência da Polícia Civil, a vítima da explosão foi identificada como sendo Francisco Wanderley Luiz, o proprietário do veículo que também explodiu no estacionamento entre o STF e o Anexo IV da Câmara dos Deputados.
Antes da explosão em frente ao STF, o homem tentou entrar no prédio.
Ele jogou um explosivo embaixo da marquise do edifício, mostrou que tinha artefatos presos ao corpo a um vigilante, deitou-se no chão e acionou um segundo explosivo na nuca.
Em um relato à Polícia Civil, um segurança do STF afirmou que o homem estava com uma mochila, de onde tirou uma blusa, alguns artefatos e um extintor.
A blusa foi lançada na estátua em frente ao Supremo.
Quando o segurança tentou se aproximar, o homem "abriu a camisa" e o segurança viu algo semelhante a um relógio digital, acreditando ser uma bomba.
Dois ou três artefatos foram lançados pelo homem e estouraram.
Depois, ele se deitou no chão, acendeu o último artefato e colocou na cabeça como um travesseiro.
No Boletim de Ocorrência, também consta que o homem compartilhou mensagens pelo aplicativo WhatsApp que antecipavam o que aconteceu na Praça dos Três Poderes, "manifestando previamente a intenção do autor em praticar o autoextermínio e o atentado a bomba contra pessoas e instituições".
O esquadrão antibombas foi ao local para fazer uma varredura e verificar a existência de mais explosivos nos arredores, inclusive em veículos e no corpo do homem que morreu.
No momento do incidente, estavam ocorrendo sessões de plenário na Câmara e no Senado, que foram suspensas.
A sessão do STF já tinha terminado, e ministros e servidores foram retirados em segurança.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva não estava mais no Planalto – e não houve ordem para evacuar o prédio.
A segurança do palácio vai ser reforçada com integrantes do Exército.
Depois do episódio, ele se reuniu com os ministros do STF Alexandre de Moraes e Cristiano Zanin no Palácio da Alvorada.
O diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Rodrigues, também foi à residência presidencial.
A PF abriu inquérito para apurar as explosões, que será enviado a Alexandre de Moraes.
Testemunhas relataram que "o barulho foi muito alto" e que viram "o pessoal correndo".
Policial do DF fala sobre o momento da explosão de carro na Praça dos Três Poderes