A morte foi confirmada pelo Coordenador Regional da Fundação Nacional dos Povos IndÃgenas (Funai) em Iguatemi (MS), Paulo Pereira da Silva (veja o vÃdeo acima).
A Grande Assembleia Guarani-Kaiowá (Aty Guasu), organização sem fins lucrativos liderada por indÃgenas da etnia Kaiowá e Guarani, disse em publicação nas redes sociais que equipes da tropa de choque "atacaram" uma "área de retomada" - local de disputa entre fazendeiros e indÃgenas - na Fazenda Barra, o que causou a morte do indÃgena.
As imagens foram gravadas nesta quarta.
De acordo com os policiais, os indÃgenas teriam atacado os agentes, que reagiram.
O secretário estadual de Segurança Pública, Antônio Carlos Videira, esclareceu que os 100 policiais militares que estão no local cumprem uma decisão judicial para manter a ordem e segurança na propriedade rural, assim como permitir o ir e vir das pessoas entre a rodovia e a sede da fazenda (veja nota na Ãntegra abaixo).
Tensão
Conflito entre a PolÃcia Militar e indÃgenas em Antônio João.
PolÃcia Militar
Na última quinta-feira (12), pelo menos dois indÃgenas da comunidade Nhanderu Marangatu foram feridos durante um confronto com policiais militares.
Segundo o tenente-coronel Edson Guardiano, comandante do 4º Batalhão de PolÃcia Militar (responsável por Antônio João, Ponta Porã e Aral Moreira), o conflito ocorreu quando policiais militares impediram um grupo de 20 indÃgenas de entrar e ocupar a sede da propriedade privada, que fica na fronteira com o Paraguai.
Em nota, a Funai relatou que acompanha o caso e que solicitou providências urgentes sobre a atuação da polÃcia na área.
De acordo com a Sejusp, equipes de perÃcia já estão no local para identificar a vÃtima e apurar o crime.
Leia a nota da Funai na Ãntegra:
"A Fundação Nacional dos Povos IndÃgenas (Funai) manifesta seu profundo pesar e indignação diante dos violentos ataques sofridos pela comunidade Guarani na Terra IndÃgena Nhanderu Marangatu, no municÃpio de Antônio João (MS).
Na manhã de hoje (18), um indÃgena foi brutalmente assassinado com um tiro na cabeça, conforme informações confirmadas pela unidade da Funai em Ponta Porã.
A Funai informa que já acionou a Procuradoria Federal Especializada (PFE) para adotar todas as medidas legais cabÃveis e está comprometida em garantir que essa violência cesse imediatamente e que os responsáveis por esses crimes sejam rigorosamente punidos.
O órgão indigenista já se reuniu com o juiz responsável pelo caso, solicitando providências urgentes sobre a atuação da polÃcia na área.
Em diálogo com a Secretária de Segurança Pública de Mato Grosso do Sul, a instituição reafirmou a orientação de que não deve haver qualquer medida possessória contra os indÃgenas da Terra IndÃgena Nhanderu Marangatu.
Na oportunidade, foram definidos encaminhamentos urgentes, como a solicitação da presença constante da Força Nacional na área.
Diante da gravidade dos fatos, a Fundação está preparando nova atuação perante o Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF3), a fim de se garantir a proteção da comunidade indÃgena.
A Fundação reitera que tais atos são inaceitáveis e que está mobilizando todos os esforços para salvaguardar os direitos e a segurança dos povos indÃgenas da região.
A Funai segue firme no compromisso de garantir os direitos e a segurança dos povos indÃgenas, reafirmando a urgência de medidas para interromper a violência e proteger a Terra IndÃgena Nhanderu Marangatu"
Leia nota da Sejusp na Ãntegra:
"O governador Eduardo Riedel realizou uma reunião com integrantes da Segurança Pública do Mato Grosso do Sul para esclarecimentos sobre morte de um indivÃduo, inicialmente identificado como indÃgena da etnia Guarani Kaiowá, no municÃpio de Antônio João, nesta quarta-feira (18).
O óbito ocorreu depois de um confronto e troca de tiros com a PolÃcia Militar em uma região rural da cidade, na fronteira com o Paraguai.
O secretário estadual de Segurança Pública, Antônio Carlos Videira, esclareceu que os policiais militares que estão no local (100 homens) cumprem ordem judicial (da Justiça Federal) para manter a ordem e segurança na propriedade rural (Fazenda Barra), assim como permitir o ir e vir das pessoas entre a rodovia e a sede da fazenda.
O conflito na região se arrasta há anos, no entanto, a situação se acirrou nos últimos dias.
As equipes de perÃcia já estão no local da morte para devida identificação e apuração dos fatos.
Foram apreendidas armas de fogo com o grupo de indÃgenas que tentava invadir a propriedade e todo este material será coletado para formação de um relatório que será entregue em BrasÃlia"
Veja vÃdeos de Mato Grosso do Sul:
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