Mãe acusa hospital de negligência em morte de gêmeos prematuros no AC: 'a gente não sabe a quem recorrer'
15/11/2024
Elizângela Freire Cabral teve os filhos prematuramente com 25 semanas e afirma que durante o parto, não teve acompanhamento de pediatra no Hospital da Mulher e da Criança do Juruá, em Cruzeiro do Sul.
Momentos antes da morte dos filhos, Elizângela escutou os corações dos bebês que não apresentaram alterações
Arquivo pessoal
A acreana Elizângela Freire Cabral, de 38 anos, acusa o Hospital da Mulher e da Criança do Juruá, em Cruzeiro do Sul, no interior do estado, de negligência na morte dos filhos gêmeos logo após o nascimento, com 25 semanas de gestação, no dia 11 de setembro deste ano.
Pelo menos era o que eles me disseram e para minha cunhada.
Foi passando o tempo e só me diziam, para que eu me mantivesse em repouso absoluto, sem fazer nada porque cada minuto dos meus bebês dentro da minha barriga, era importante para eles", comenta ela.
A mulher relata que, por volta das 18h, informou para a equipe que os bebês iam nascer.
"Tive eles de parto normal, o primeiro nasceu bem.
Eu agradeci muito a Deus, porque eu sabia que ele tinha nascido bem, nasceu chorando.
AÃ, ela levou ele.
Eu pensando que ela iria colocar ele na incubadora, no oxigênio, entubar, alguma coisa assim, tomar os cuidados necessários que um prematuro precisa.
Só quem estava lá eram os enfermeiros mesmo, porque se ela estava lá, ela era invisÃvel.
Em nenhum momento eles vieram conversar comigo para me explicar nada, para dizer que os meus bebês morreram, que eram prematuros, em nenhum momento eles chegaram para conversar comigo", alega ela.
A mulher evidencia que estava frágil, triste e os profissionais não a ajudaram nem fÃsica nem psicologicamente.
"Na hora que eu senti que meus filhos estavam morrendo, eu comecei no desespero chorar, a enfermeira que estava comigo me respondeu: 'a senhora tem outros filhos, Deus sabe o que faz', foi o que ela me disse.
Elizângela perdeu os filhos gêmeos após o nascimento
Arquivo pessoal
O g1 entrou em contato com a Sesacre na última sexta-feira (8) para saber se há algum posicionamento do órgão acerca da situação.